sexta-feira, janeiro 08, 2010

Montevideo!

Eu e o Prof. Alberto

segunda-feira, junho 09, 2008

Silêncio


Este é um momento para uma passividade profunda. Aceitar qualquer dor, felicidade, tristeza ou dificuldade, conformando-se com o "fato consumado". É muito semelhante à experiência do Buda quando, após anos de busca, ele finalmente desistiu, sabendo que não havia nada mais que pudesse fazer. Naquela mesma noite ele se tornou iluminado. A transformação chega, como a morte, no seu devido momento. E também como a morte, ela transporta você de uma dimensão para outra.
A consciência que está crescendo neste momento não é o resultado de algum "fazer" consciente, nem é preciso me esforçar para fazer alguma coisa acontecer. Qualquer impressão que possa ter de que vinha tateando no escuro, está se desfazendo agora, ou logo se dissipará. Deixo assentar, e lembro de que, bem no fundo, sou apenas uma testemunha, eternamente silenciosa, consciente e imutável. Um canal está se abrindo agora.
Neste momento confio em minha intuição, na minha sensibilidade para a "adequação" das coisas. Meus atos poderão parecer "tolos" para os outros, ou até para mim mesmo, se tentar analisá-los com a mente racional. Sou um tolo. Na posição ocupada pelo Tolo, a confiança e a inocência é que são os guias, e não o ceticismo e a experiência passada.
Não há nada para fazer, lugar nenhum aonde ir, e a marca do meu silêncio interior permeia tudo o que faço. Isso pode deixar algumas pessoas sentirem-se desconfortáveis, acostumadas que estão com todo o barulho e atividade do mundo. Não importa. Este é o momento de me reencontrar. A compreensão e os insights que me ocorrem nesses instantes manifestar-se-ão mais tarde, em uma fase de maior extroversão da minha vida.

quinta-feira, junho 05, 2008

Quase Nada


De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho
Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo
Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada
...
Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada

quinta-feira, maio 22, 2008

Expressões de um conterrâneo

Eu tenho um conterrâneo chamado Carlos Drummond de Andrade. Viveu praticamente na rua de cima da casa da minha avó. Cresci em meio a suas frases e poemas. Agora estou lendo suas crônicas. Era sem dúvida um cara “evoluído”. Melancólico e nostálgico. Mágico em sua essência. Corria ferro em suas veias. Eu acho que isso também acontece comigo... pelo tanto de minério que respirei nos anos que vivi em Itabira. Acho que eu não preciso falar do Drummond – e também nem tenho competência pra isso. Também hoje não quero falar de mim – pois de nada isso tem adiantado. Contenho-me em apresentar alguns trechos do poeta e esperar que reflitas. Talvez nesse exercício nossos pensamentos se encontrem.

Trechos de Carlos Drummond de Andrade

"A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

“Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença,aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci. Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!!!

"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor. Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O amor.”

“João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.”

“Amor é bicho instruído. Olha: o amor pulou o muro, o amor subiu na árvore, em tempo de se estrepar. Pronto, o amor se estrepou. Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino. Essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca, às vezes sara amanhã.”

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.”

“O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.”

“Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la.”

“Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis.”

“Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que os outros me enxergam.”

terça-feira, maio 06, 2008

Mudança

Alguém me disse um dia que se você quer entender alguma coisa, tente mudar essa coisa. Seria essa “teoria” de Bronfenbrenner.

Não são muitas as pessoas que já leram o próprio obituário. Alfred Nobel leu. Nobel estava doente já há algum tempo e alguém anunciou falsamente que ele tinha morrido. Imagine sua surpresa quando abriu o jornal de manhã e viu sua morte noticiada!
Ao ler os curtos parágrafos que resumiam sua vida e obra, ficou incomodado ao ver que era mencionado apenas como o homem que inventara a dinamite. A nota descrevia toda a destruição que a invenção causara. Nobel deplorou a idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas.
Depois de ler o seu obituário, Nobel decidiu mudar sua vida. Dedicou sua vida a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz.
A história de Nobel ilustra uma verdade importante: nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança.
O que será dito no seu in memoriam? O que estará escrito em seu obituário? Alfred Nobel leu o seu próprio e mudou. Você pode começar a concretizar algumas mudanças agora mesmo.

quarta-feira, abril 30, 2008

Sobre esses dias...


A primeira coisa é que eu agi como babaca muitas vezes. A segunda é que muita gente tem agido feito babaca. Da minha atitude antevêem minhas convicções. Já a minha reação depende do seu comportamento! Just in time é meu modelo de vida... e é por isso que insisto no presente! Fracasso pra mim é desdenhar o presente em favor do passado que rebate o futuro; é dizer que não vai dar sem tentar de verdade e com sinceridade; é procurar as experiências negativas pra justificar um não e/ou reciclar um passado e tentar vivê-lo ou vendê-lo a um preço bem mais alto do que realmente vale, se fechando para o que a vida te propôs por “acaso”; é “enquanto eu falo da força do acaso, você de azar ou sorte”. Sucesso deve ser plantar uma semente e ter a oportunidade de ser feliz a vendo crescer, desde a raiz até quando nascerem seus frutos. Displicência é se ausentar numa hora importante e delicada. Decidir é fazer uma escolha, sabendo que nada nunca é pra sempre, pois as coisas mudam e o tempo passa. Inteligência é deixar um vício. Bobagem é acreditar no “nunca”. Estupidez é ser volúvel. "Pecado é lhe deixar de molho". Estar diferente é passar três dias sem tomar leite numa vida inteira de mamífero. Arrependimento é perceber um engano. Engano é ser estereotipado por causa daqueles três dias! Burrice é afastar do seu ciclo a pessoa que te quer bem. Sabedoria é a solitude de quem silencia e espera. Loucura é não entender nada. Omissão é não querer saber. Intensidade é o brilho de um olhar na primeira vez que os ouvidos escutam “eu te amo”. Amar é desejar ao próximo o que deseja a você mesmo - e que isso seja bom. Coragem é acreditar que é capaz de fazer o que tem de ser feito. E é por essas e outras que eu peço pra confiar quando acredito em alguma coisa... é porque mesmo se eu errar a intenção é acertar. De boas intenções o mundo está cheio – ainda bem! Podemos perdoar! Bom senso é deixar passar. Bom mesmo “é ter o sorriso no rosto e cultivar a criança que podemos ser”, afinal é mais prudente sorrir e tentar compreender do que chorar e julgar - isso cabe a outro. Deus está escrevendo bem torto... e no final, por mais clichê que seja, sempre dá certo. Prepotência seria julgar tudo isso verdade absoluta, pois não são as palavras precisas... nem essa declaração produto de uma ciência perfeita... talvez precisemos de química, pois depende de como você quer entender tudo, da simplicidade de um “oi” à magnitude de uma vida!

segunda-feira, março 03, 2008

FREEDOM

Freedom (tradução)
George Michael

Eu não vou te decepcionar / Eu não vou desistir de você / Tem que ter um pouco de fé no som / É a única coisa boa que eu tenho / Eu não vou te decepcionar / Então por favor não desista de mim / Porque eu realmente gostaria de ficar por perto
O céu sabe que eu era apenas um garoto jovem / Não sabia o que eu queria ser / Eu era o orgulho e a alegria de cada garotinha da escola / E acho que era o suficiente pra mim / Pra vencer a corrida? / Um rosto mais bonito / Roupas novas e um grande lugar / Na sua TV rock and rol / Mas hoje a maneira que eu jogo não é a mesma, de jeito nenhum / Acho que vou me fazer um pouco feliz
Acho que tem algo que você deve saber / Acho que já é hora de te dizer / Há algo bem dentro de mim / Há outra pessoa que eu tenho que ser / Pegue de volta sua foto no porta-retrato / Pegue de volta sua cantoria na chuva / Só espero que você entenda / Às vezes as roupas não fazem o homem
Tudo que temos que fazer agora / É pegar estas mentiras e transformá-las em verdade de algum jeito / Tudo que temos que ver / É que eu não pertenço a você / E você não pertence a mim / Liberdade, liberdade, liberdade / Você tem que dar pra ter o que quer